sexta-feira, 25 de maio de 2012

FILOSOFANDO



"Como o Livro"

Ai quem me dera ser livro!
Para ele não há tempo nem espaço.
Transpor serras, 
transpor mares,
em novas línguas expressar-me.
Introduzir-me nos lares
de muitas vidas privar.
Levando a todos um abraço
vou apertando os laços
fraternos de grande amizade.
Pois meu amor é tão grande
que abarca a humanidade.


"Travessia"

Na travessia da vida
Tu fazes parte de mim:
És como o ar que respiro
És como o alimento que como.
És o líquido que eu bebo
És o sonho do meu sono.


"Mãos Frias"

Sempre que estou a teu lado
fico deveras contente.
Os lábios ficam calados,
o sangue fica fervente,
os dedos ficam gelados,
o coração saliente.












Marina Rezende, 
Assim Como o Vinho, 2004.


Ilustração Internet.




terça-feira, 8 de maio de 2012

À MINHA FILHA ZINDA


A vida, minha filha,
é luta.
É lhe, pois,  natural o revés.
Vida fácil, de gozo,
refuta,
e terás a vitória a teus pés.

Não te deixes fácil abater
por nenhum desazo da sorte;
Isso é um desafio da morte.
Não recue.
Dispõe-te a vencer!

A sorte é amiga ao acaso,
pois se a alguém ela sempre bafeja,
E, num lapso
a esse mesmo faltar,
a esse alguém ela há de matar,
pois àquele não lhe foi dada
a força para lutar.
Tu és jovem e se te parece,
às vezes, tão rude o viver,
não te curves, minha filha.
Reaja !!!
O inimigo quer-te
Abater.

Tome como exemplo os bravos
E deles terás o que aprender;
dos fracos repila os conselhos
e o triunfo hás de merecer.

Só aos fortes, aos bravos e heróis,
é lhes dada a vitória final.
Quero ver-te, filha minha,
entre eles,
no comando,
na meta triunfal.
Lembra-te,
assim eu te quis:
Lutando!
Vibrando!
Vencendo!
E sendo para sempre feliz!












Marina Rezende,
Assim Como o Vinho, 2004.


Ilustração Internet