domingo, 23 de setembro de 2012

FELICIDADE


"A Felicidade está nas pequenas coisas".
"É bom e necessário entender que a felicidade não é apenas a saúde do corpo, mas também a da alma" (Frei Patrício Sciadini). 
  

*      *      *

Muitas vezes endeusamos a felicidade, a tornamos inacessível, invisível, a tornamos difícil. Isto acontece quando se quer explicar muito o que é a felicidade, e no entanto, ela é tudo o que é simples na vida. O próprio dom da vida, o ar que a sustenta, poder olhar a natureza e tudo o que envolve o ser, poder andar, falar, e todas as coisas básicas do dia a dia. Tudo o que pode manter sua saúde física.

Mas felicidade também é você ser uma criatura criada com amor e por amor, por um Ser Superior, que a fez especial dentre todas as demais criaturas. É viver neste planeta e dispor de tudo o que necessita, alcançado com a sua capacidade, que também é um dom da felicidade que Deus lhe concedeu. Capacidade, inteligência, sabedoria, visão ampla. Faz pensar, entender, analisar, não só o universo material, mas leva também, a atingir, a penetrar no universo espiritual. A "ver" as coisas de Deus. A sentir Deus em sua vida. A ver que Deus o colocou no meio de muitos irmãos e despertar em cada ser humano, sentimentos valiosos, como a convivência fraterna, a compreensão, o desprendimento de si mesmo e também de coisas materiais supérfluas.

Aceitar e viver com naturalidade com as coisas básicas, simples e necessárias.

É bom e desejável reconhecer que Deus sabe do que necessitamos e, como é misericordioso, sempre nos proporciona mais do que se merece.

Felicidade, além de se ver um sol que brilha, uma chuva que cai, uma tarde serena, uma noite de luar, é mais, verdadeiramente uma luz de esperança, um amor confiante e uma fé naquele que nos cobre de graças e bençãos e nos guia sempre em nossa caminhada, desejando que esta seja sempre pelo caminho da santidade. 

A felicidade pode nos chegar por uma boa noticia que nos alegra.

Felicidade é a vida! É saber simplesmente viver!


Texto de Marly Braga
Ilustrações:  Internet

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

UM MEIO DE CAMPO CONTURBADO


                                                                                   
                                                                                              

Nosso time familiar era muito grande, minha mãe, então, distribuiu-nos por internatos em diferentes colégios e cidades. Cada final de semana ela ia visitar um filho. Demorava a chegar a nossa vez e a saudade era tanta, que para aplacá-la, saíamos às escondidas do colégio e íamos passear pelas ruas da cidade. Coisa chata, ruas vazias, nada pra fazer. Só a voz do locutor radiando o jogo de futebol, que repercutia pelas calçadas das casas por onde passávamos. Depois de duas ou três escapadelas, desistimos. Voltávamos esfomeadas, cansadas e aborrecidas. Da experiência só ficou aquela sensação de melancolia que a voz do locutor narrando o jogo nos fazia sentir. Sensação que nos acompanha até hoje ao ouvir a narração dos jogos.


Na adolescência tudo mudou. O futebol virou uma grande alegria. Meus irmãos com os amigos, formaram um time de futebol e aos finais de semana viajávamos com eles, na maior torcida. Na verdade eu só gostava da festa, nunca me interessei muito pelos jogos. Aos dezesseis anos namorei um juiz de futebol. Acompanhava-o no curso de formação e aos treinos dos jogos. Só prestava atenção nele e nem sabia o que estava acontecendo em campo.






Mais tarde casei-me com um fanático torcedor do Flamengo. Quando seu time fazia um gol seu berro ecoava por toda a cidade. Quando fui para a maternidade, enfeitando a porta do quarto havia um boneco vestindo as cores do time. Seu primeiro presente para o garoto foi uma camisa do flamengo. Uma vez, como presente do aniversário de namoro levou-me ao Maracanã, onde eu nunca tinha ido, para assistir ao final do Campeonato Carioca, FLAMENGO x .... (não sei qual era o outro time). Adorei os balões que aos milhares cobriam o estádio. A torcida era um show à parte. Nunca tinha visto tantos fogos, tantas bandeiras, tanta gente junta. Achei tudo tão lindo que distraída, nem olhava para o campo. O garoto cresceu, hoje quando grita e comemora seu time num estrondoso GOOOOOLLLLL ....... um outro berro continua ressoando pela cidade, acompanhado de fogos, estrondos e assovios, vindos do infinito. É o pai que de lá ... continua comemorando seu time do coração.


Texto de Marina Alice Rezende
Imagens Internet