No céu, uma meia lua, sim, porque a outra parte está atrás das nuvens que a cobrem delicadamente.
Como sempre, estou em meu ponto de observação - meu cantinho na varanda.
É uma lua singela, mas atraiu uma linda estrela para junto de si. Outras pequenas estrelas aparecem timidamente a uma certa distância como se estivessem esperando serem chamadas para cintilarem mais fortemente para mostrarem também suas belezas.
Ausento-me rapidamente deste meu canto para fazer uma outra coisa e quando volto, a lua, como se quisesse escapar, ou brilhar em outras plagas, já estava se escondendo atrás do morro, tendo apenas um friso de luz, parecendo que estava a me esperar para dizer: até amanhã, eu voltarei!
Assim, ao passar das noites, ela estará se preparando para surgir em toda a sua plenitude, mostrando a face, orgulhosa, brilhante, sedutora.
Esta, certamente, será então aquela admirada pelos casais apaixonados, tendo entre eles, quem sabe, algum que desejaria alcançá-la e trazê-la para ofertá-la à sua companheira querida.
Talvez, isso, hoje, é somente uma referência poética, porque os tempos mudaram, os sentimentos, as paixões, estão mais racionalizados, imediatistas, demonstrados mais diretamente menos românticos, não precisando de luas nem estrelas.
Mesmo que a lua e as estrelas não queiram mais serem "roubadas" lá do céu para servirem de presentes, continuam sempre admiradas.
Brilhe muito e sempre, linda lua, pois será sempre esperada e aqui estaremos olhando para este céu imenso na esperança de vê-la surgindo discretamente, escondida entre as nuvens, para de repente, em poucos minutos se revelar por inteira e majestosamente para todos os seus admiradores.
Volte sempre!
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