Aquele casal de rolinhas,
tranquilo, manso e trigueiro,
passa o dia arrulhando
nos galhos do marmeleiro.
Inveja-os meu coração
quando à tarde eles descansam
às margens do ribeirão:
não têm problemas, não pensam.
Se um pouco ele se afasta
com um pio triste ela o chama,
com ele, porém, não se agasta,
pois ele somente a ama.
Sabe que mesmo à distância
ser-lhe á ele sempre leal:
em nenhuma circunstância
viu-se uma ave infiel.
Devíamos os homens, portanto,
seguir esse bom exemplo
das rolinhas, tão unidas, no entanto,
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