quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A FORMATURA


     A cerimônia ia começar. Diminuiu-se a luminosidade e um facho de luz recaiu sobre a fila de formandos que se agrupavam à entrada do Teatro.
        A música alegre e em surdina acompanhava a chamada dos jovens que entravam assobiando, dançando e tremulando um penacho azul que traziam à mão.
          Em meio à luminosidade que piscava ao som da música, uma estrelinha se destacou. Tornando-se cada vez mais brilhante, saltitante, feliz, voava de um lado para o outro, alucinada, envolvendo os formandos, num efeito maravilhoso.
          
      Os formandos foram tomando seus lugares no fundo do palco iluminado. À frente, uma linda e florida mesa acolhia os mestres.
         A estrelinha saltitante dançava sobre os ombros dos jovens formandos, chamando a atenção de todos, não se sabia de onde vinha aquele facho de luz, que parecia transmitir a emoção e a inquietude alegre daqueles jovens. Hora ela tremulava sobre os cartazes engraçados, empunhados por eles, hora como que parabenizando, rodeava o formando que recebia seu diploma.
      
     Quando, uma determinada formanda, chegou ao microfone para agradecer aquele momento tão especiala estrelinha deslizou sobre a lágrima que teimava em rolar de seus olhos e, como num carinho, escorregou pelos seus lindos e longos cabelos.
       
         O término da cerimônia foi marcado pelo ritmo forte e compassado da música. Os “capelos” foram atirados ao alto, enquanto uma chuva prateada tomava conta do palco.

         Sobressaindo-se, novamente, aquela estrelinha agora maior e mais brilhante, num rastro luminoso, ia formando as seguintes palavras, só vista pela linda jovem dos longos cabelos:


Parabéns minha Menina.
Estou feliz e orgulhosa de você.
Vovó.”


*Autora: Marina Alice Rezende
  Ilustrações Internet


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