quinta-feira, 8 de novembro de 2012

UMA DÚVIDA CRUEL



Uma dúvida cruel,
Ou coisa de gente doida?
- Disse alguém com uma voz sábia:
"Prá uma vida ser completa
Temos que realizar
quatro coisas bem seletas
que passo a enumerar:
- Ter um filho;
- Construir uma casa;
- Um livro escrever;
- Uma árvore plantar."

Aos setenta fiz minha casa.
Aos oitenta meu livro lancei.
E aos noventa?
Como vou comemorar?
Começo a me preocupar:
Dar à luz a mais um filho
Ou mais árvores plantar?











Marina Rezende, 
Assim Como o Vinho, 2004.





 Ilustração flores: Internet

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PRIMITIVO COME CRU


Primitivo come cru
foto: Flickr/ NoIdentity – CC BY-NC-ND 2.0

      

Resultado de estudo brasileiro mostra que o desenvolvimento da habilidade de cozinhar teria sido decisivo para a evolução humana, por oferecer calorias para sustentar as necessidades diárias do metabolismo de um cérebro maior.


Estudo aponta papel limitador imposto pelas demandas metabólicas à evolução dos primatas e apresenta mecanismo inédito que explica o rápido aumento de tamanho do cérebro dos hominídeos de linhagem humana.

O que o homem tem que nenhum outro animal tem? Talvez um cérebro muito poderoso? Ou a capacidade de fala? Tudo isso pode ser verdade, mas foi possibilitado por algo mais fundamental: a habilidade de cozinhar. Pelo menos é o que aponta um estudo brasileiro publicado hoje na revista PNAS.

Comparando as necessidades metabólicas de diversas espécies de primatas, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro comprovaram que essas demandas representaram uma barreira para o desenvolvimento cerebral desses animais. 

A ingestão de alimentos cozidos pode ter sido o grande ‘pulo do gato’ evolutivo, que possibilitou o surgimento de cérebros maiores, como o nosso

A questão do tamanho do cérebro do homem tem intrigado a ciência há muito tempo. Em 2009,  um estudo do mesmo grupo responsável pela pesquisa atual derrubou o mito de que nosso cérebro teria um tamanho extraordinário. Ele concluiu que a proporção do cérebro humano em relação ao nosso corpo é semelhante à encontrada em primatas menores. Os resultados também mostraram que o cérebro do homem tem uma quantidade única de neurônios, cerca de 86 bilhões, mais que o de qualquer outro animal.

Essa revelação trouxe novas perguntas. Em especial, por que grandes primatas, como os gorilas, não obedecem a essa proporção e têm cérebros relativamente pequenos? Que fatores teriam limitado essa evolução? Essas foram algumas das motivações do estudo realizado pela bióloga Karina Fonseca-Azevedo em sua monografia de graduação, que gerou o artigo publicado hoje na revista PNAS.

Uma nova etapa do trabalho já está em andamento. Agora, em seu mestrado, Fonseca-Azevedo pretende utilizar o modelo desenvolvido para estudar outros ramos de mamíferos. A ideia é entender que tipos de limitações impediram que outras espécies conseguissem desenvolver cérebros com um número de neurônios comparável ao nosso.


Marcelo Garcia
Ciência Hoje On-line
http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2012/10/primitivo-come-cru

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A CRIANÇA E O VELHO


A criança é como um lindo rebento de planta, um botão de rosa, tenro e frágil, delicadamente surgindo, ainda surpreso com a luz, temeroso com o desconhecido.  Abre os olhos de vez em quando, até a coragem chegar, ou a curiosidade para ver tudo o que está perto, sem entender ainda, nada do que vê. É rodeado de cuidados, porém, o tempo passa, e ele, em seu dia a dia, cresce e aprende gradativamente, a viver a sua vida, jovem, adulto.

Tantas etapas decorridas, tantos acontecimentos vivenciados, tantos desafios enfrentados e vencidos, tantas responsabilidades assumidas. O tempo passando, a vida seguindo, ininterruptamente, anos e anos, e assim, a idade, sorrateira e mansa chega. Depois de todo o tempo em que o trabalho ocupou os seus dias, as suas horas, se vê reconhecido e premiado por um merecido descanso. Se durante os anos que se passaram, não aproveitou, muitos ou alguns momentos de lazer, agora tem todo o tempo para fazê-lo: viagens, programas sociais e outros que desejar.

A idade chegando traz vantagens e algumas desvantagens, naturais. À algumas pessoas, o tempo prejudica e maltrata mais que a outras. As fisionomias mostram, claramente, a maldade ou a complacência dele. Aí chamamos estas pessoas de "idosas", mas carinhosamente vou chamá-las de "velhos". Muitas vezes até dizemos "nossos velhos".

Por mais saudáveis que possam se conservar, a idade limita, pesa, restringe as atividades, a sensibilidade, a mobilidade.

Alguns devem conviver com alguma doença, mas outros são bastante ativos, companheiros e amigos. Amigo dos amigos, dos familiares, e, sobretudo, das crianças e dos netos. Por vezes, por idade, ou por algum mal estar, os "velhos" se tornam impacientes, e até ranzinhas, o que os afastam um pouco das pessoas, mas também, existem aqueles que são tão amorosos que têm sempre alguma criança em seu colo, como um eterno Papai Noel, ou então, sempre alguém os procurando para sorver um pouco de sua experiência, seus conhecimentos, seus conselhos.

A idade avançada, hoje, mereceu consideração, surgindo até leis que a protege. Aos velhos é devido todo respeito, mas porém, o que mais importa e traz alegrias é ter um "bom e simpático velhinho" em nossa convivência, que nos ensina os bons caminhos da vida, como vencer os obstáculos, como acreditar nas pessoas, ter confiança em sua própria capacidade e em suas possibilidades. Aqueles que incentiva aos jovens e familiares, e porque não dizer, frente as dificuldades da vida moderna, até auxilia nas necessidades diárias dos seus descendentes. Muitos, ainda, são até arrimo da família. Segura firmemente a barra quando surgem as dificuldades. Os nossos "velhos" devem ser tratados com muito carinho para que possam ser, por muito tempo, nossa rica fonte de sabedoria, bondade e amorosidade.

Criança é inocência é doçura.
Velho é maturidade é moderação.
Criança é vivacidade é vigor.
Velho é conhecimento é experiência.
Criança é curiosidade é descobertas.
Velho é complacência é sabedoria.
Criança é ternura é alegria.
Velho é prudência é serenidade.
Criança é esperança é sonho.
Velho é vivencia é realidade.
Criança é luz é manhã.
Velho é crepúsculo é ocaso.


No decorrer do tempo, a vida vai mostrando, delicadamente, todas as suas nuances para que a pessoa, sem pensar, nem perceber, vá seguindo o seu caminho com tranquilidade e paz.

A criança e o velho podem ser considerados, com todo amor e carinho, os representantes do início e do fim de uma linda e feliz vida. O botão e a semente de uma vida. 


Texto de Marly Fajardo Braga, maio/2012.
Ilustração Internet. 

domingo, 23 de setembro de 2012

FELICIDADE


"A Felicidade está nas pequenas coisas".
"É bom e necessário entender que a felicidade não é apenas a saúde do corpo, mas também a da alma" (Frei Patrício Sciadini). 
  

*      *      *

Muitas vezes endeusamos a felicidade, a tornamos inacessível, invisível, a tornamos difícil. Isto acontece quando se quer explicar muito o que é a felicidade, e no entanto, ela é tudo o que é simples na vida. O próprio dom da vida, o ar que a sustenta, poder olhar a natureza e tudo o que envolve o ser, poder andar, falar, e todas as coisas básicas do dia a dia. Tudo o que pode manter sua saúde física.

Mas felicidade também é você ser uma criatura criada com amor e por amor, por um Ser Superior, que a fez especial dentre todas as demais criaturas. É viver neste planeta e dispor de tudo o que necessita, alcançado com a sua capacidade, que também é um dom da felicidade que Deus lhe concedeu. Capacidade, inteligência, sabedoria, visão ampla. Faz pensar, entender, analisar, não só o universo material, mas leva também, a atingir, a penetrar no universo espiritual. A "ver" as coisas de Deus. A sentir Deus em sua vida. A ver que Deus o colocou no meio de muitos irmãos e despertar em cada ser humano, sentimentos valiosos, como a convivência fraterna, a compreensão, o desprendimento de si mesmo e também de coisas materiais supérfluas.

Aceitar e viver com naturalidade com as coisas básicas, simples e necessárias.

É bom e desejável reconhecer que Deus sabe do que necessitamos e, como é misericordioso, sempre nos proporciona mais do que se merece.

Felicidade, além de se ver um sol que brilha, uma chuva que cai, uma tarde serena, uma noite de luar, é mais, verdadeiramente uma luz de esperança, um amor confiante e uma fé naquele que nos cobre de graças e bençãos e nos guia sempre em nossa caminhada, desejando que esta seja sempre pelo caminho da santidade. 

A felicidade pode nos chegar por uma boa noticia que nos alegra.

Felicidade é a vida! É saber simplesmente viver!


Texto de Marly Braga
Ilustrações:  Internet

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

UM MEIO DE CAMPO CONTURBADO


                                                                                   
                                                                                              

Nosso time familiar era muito grande, minha mãe, então, distribuiu-nos por internatos em diferentes colégios e cidades. Cada final de semana ela ia visitar um filho. Demorava a chegar a nossa vez e a saudade era tanta, que para aplacá-la, saíamos às escondidas do colégio e íamos passear pelas ruas da cidade. Coisa chata, ruas vazias, nada pra fazer. Só a voz do locutor radiando o jogo de futebol, que repercutia pelas calçadas das casas por onde passávamos. Depois de duas ou três escapadelas, desistimos. Voltávamos esfomeadas, cansadas e aborrecidas. Da experiência só ficou aquela sensação de melancolia que a voz do locutor narrando o jogo nos fazia sentir. Sensação que nos acompanha até hoje ao ouvir a narração dos jogos.


Na adolescência tudo mudou. O futebol virou uma grande alegria. Meus irmãos com os amigos, formaram um time de futebol e aos finais de semana viajávamos com eles, na maior torcida. Na verdade eu só gostava da festa, nunca me interessei muito pelos jogos. Aos dezesseis anos namorei um juiz de futebol. Acompanhava-o no curso de formação e aos treinos dos jogos. Só prestava atenção nele e nem sabia o que estava acontecendo em campo.






Mais tarde casei-me com um fanático torcedor do Flamengo. Quando seu time fazia um gol seu berro ecoava por toda a cidade. Quando fui para a maternidade, enfeitando a porta do quarto havia um boneco vestindo as cores do time. Seu primeiro presente para o garoto foi uma camisa do flamengo. Uma vez, como presente do aniversário de namoro levou-me ao Maracanã, onde eu nunca tinha ido, para assistir ao final do Campeonato Carioca, FLAMENGO x .... (não sei qual era o outro time). Adorei os balões que aos milhares cobriam o estádio. A torcida era um show à parte. Nunca tinha visto tantos fogos, tantas bandeiras, tanta gente junta. Achei tudo tão lindo que distraída, nem olhava para o campo. O garoto cresceu, hoje quando grita e comemora seu time num estrondoso GOOOOOLLLLL ....... um outro berro continua ressoando pela cidade, acompanhado de fogos, estrondos e assovios, vindos do infinito. É o pai que de lá ... continua comemorando seu time do coração.


Texto de Marina Alice Rezende
Imagens Internet




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

NOSSA PRAÇA



O chão atapetado com as pétalas amarelas das acácias; os pássaros cantando os seus amores; as flores enchendo nossos olhos de beleza e o ar com seu perfume; a brisa acariciando nossa pele. Casais cheios de ternura; crianças astuciando travessuras. Há alegria envolvendo o ambiente ...
Eis nossa praça num dia de primavera.

Tarde violenta de céu cinzento. Folhas caindo e rolando pelo chão ao sopro do vento. Pássaros assustados buscando seus ninhos apressados, antes da tempestade. Casais rápidos retornando e babás recolhendo aflitas os brinquedos das crianças ...
É a nossa praça num dia de verão, tempestuoso.


Ainda há perfume, ainda há casais, ainda há pássaros e crianças, mas paira no ar uma sutil melancolia. Aposentados jogam dama ou baralho nos bancos de pedras e comentam o passado. Folhas secas estalam sob nossos pés. Filhotes piam nos ninhos chamando seus pais dedicados agora, exclusivamente, a satisfazerem a voracidade de seus rebentos ...
É o outono que chega na praça. 


Galhos contorcidos são pouco a pouco despojados de suas últimas folhas tornando-se esqueléticos e lúgubres, dentro da noite tempestuosa e fria ...
O inverno chegou e a praça ficou vazia.


 








Marina Rezende, 
Assim Como o Vinho, 2004.



Ilustração:
Wilma Barsotti - Técnica: Acrilica sobre tela 46x36cm, Ano 2009
 http://wilmabarsotti.blogspot.com.br/2009/12/o-mesmo-banco-mesma-praca.html



sábado, 11 de agosto de 2012

UM FELIZ DIA DO PAPAI




ORIGEM
Dizem que o primeiro a comemorar o Dia dos Pais foi um jovem chamado Elmesu, na Babilônia, há mais de 4.000 anos. Ele teria esculpido em argila um cartão para seu pai. Boa idéia, não? Mas a instituição de uma data para comemorar esse dia todos os anos é bem mais recente...

Em 1909, a norte-americana Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da Guerra Civil  John Smart, quis homenagear seu pai. Ele havia criado sozinho seis filhos, depois que sua mulher morreu. Sonora Louise escreveu às autoridades, que concordaram com a idéia. A rosa foi escolhida para simbolizar essa homenagem: vermelha para os pais vivos e branca para os falecidos.

O primeiro Dia dos Pais foi comemorado no dia 19 de junho de 1910. Da pequena cidade de Spokane, nos Estados Unidos, a idéia passou para o Estado de Washington e de lá para todo o país. Em 1972, o presidente Richard Nixon assinou uma lei oficializando a comemoração. Nos Estados Unidos, porém, o Dia dos Pais é comemorado todo terceiro domingo de junho.

No BRASIL, o Dia dos Pais é comemorado no segundo domingo de agosto. O publicitário Sylvio Bhering, inspirado pela comemoração norte-americana, propôs em 1953 a celebração do Dia dos Pais. O primeiro Dia dos Pais foi em 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família Bhering.

A partir de então, comemoramos o Dia dos Pais todo segundo domingo do mês de agosto. No Brasil a homenagem envolve vários costumes e tradições. Muitos filhos comemoram com uma refeição em família. Ou ajudam os pais em alguma tarefa. As crianças costumam confeccionar lembrancinhas ou escrever cartões, seguindo o exemplo do jovem Elmesu.

E vale lembrar também: pai não é só o pai de verdade. Pai é aquele que gosta da gente, que cuida, dá carinho, apoio, e está sempre do nosso lado. É por isso que às vezes quem ganha uma homenagem é o padrasto, o tio, ou um amigo da família.

Texto e foto Internet
http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/ult1688u20.jhtm

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A HISTÓRIA NO CAMINHO DA VIDA



          


                 Olhando para o passado, pode-se ver o caminho que se trilha e, nele, marcados todos os passos dados.
         Olhando outra vez, é como se visse o andar da própria história de vida.
         Na infância o caminho é bem limitado, curtinho, não se pode andar muito, os passos são pequenos, não se vai longe. 
         Este caminho é como uma trilha em um jardim florido. Ele é plano, liso, sem pedras. Aos poucos, caminhando, o jardim acaba e já estamos entrando na estrada da vida. Vai se alargando, mostrando já o horizonte ao longe. Quantas peripécias, pulos e correrias se faz nela. E o caminho não termina ... Sempre se vai em frente, mais longe, caminhando, enfrentando os ventos e as chuvas, o sol e o calor.
          Este caminho vai passando, levando a vida.
         As pedras ou as flores vão formando o conteúdo desta vida.
          Flores são os belos momentos, as alegrias, os prazeres, os amores. 
        As pedras são as tristezas, os maus momentos que nelas tropeçamos, os desencantos, os dissabores. 
        Assim se escrevem os capítulos de uma história de vida. Pelos caminhos da vida surgem mais capítulos alegres ou pesarosos, plenos ou vazios, engraçados ou sem nenhuma graça. Venturosos ou não. E, assim, se caminha, e assim, vai se formando uma história que poderá ser contada com satisfação ou que se deseja fique desconhecida.
          Um dia o caminho chegará ao fim e também a história terá o seu curioso desfecho.
      As histórias são escritas pelo Criador para cada pessoa, e acompanhadas pelo inseparável destino.
        Que cada um tenha um bom caminho, sem pedras, sem obstáculos, e se estes existirem, que sejam facilmente superados, e que no decorrer da jornada possa estar sendo escrita uma bela e rica história.
         A cada um só resta aguardar e torcer para que seja com um final tranquilo e Feliz.

Texto de Marly Fajardo Braga - junho/2012.
Ilustração Internet.


domingo, 29 de julho de 2012

MULHER





Boudicca       Rainha dos Iceni, que mesmo em desvantagem diante do exército romano lutou até o fim, ela é o modelo da mulher forte e guerreira.


MULHER - Ser humano que carrega em si, virtudes e contrastes.

Pequena, se considera frágil, adjetivo que a apresenta incapaz de enfrentar uma realidade penosa, perversa. Mas é aí que ela se mostra grande e forte. É como se a dificuldade transformasse todo o seu ser, e ela se joga intrepidamente contra qualquer obstáculo ou desafio. Brota de dentro toda uma coragem de guerreira que nada a detém. Torna-se uma fera vigorosa enfrentando o que vier contra a sua segurança ou a dos seus. Nada invade seus domínios.

Doce e mansa, contrastando com o sangue fervente de sua coragem. É doce como um anjo ao lado de um berço de criança ou da cama de um doente. É mansa como um bichinho novo, envolvente ou envolvendo-se meigamente ao acaso. É cordata frente a um sorriso, corajosa e decidida frente ao desafio.

É doce e amarga, é mansa e feroz.
É aquela de chora, aquela que canta.

MULHER - mãe, madrasta, ativista, militante, guerreira, pacifista, atleta, artista, agente, educadora, santa, pecadora, aquela que está presente em todos os campos.

MULHER - caminhando atrás, ao lado ou à frente, em qualquer circunstância, é apoio, força, incentivo, parceria, guia, orientadora.

Esta rica e delicada criatura, às vezes, desvalorizada, caluniada, maltratada, na verdade é um ser que Deus criou e abençoou para segurar a vida e o mundo com a força do AMOR e desprendimento de si mesmo.






A grande estátua de bronze de Boadiceia (ou Boudicca), ao lado da ponte de Westminster e do Palácio de Westminster foi inaugurada pelo príncipe Alberto e executada por Thomas Thornycroft.  Representa Boadiceia em sua carruagem de guerra junto com suas filhas.




Marly Braga, março/2012.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

FILOSOFANDO



"Como o Livro"

Ai quem me dera ser livro!
Para ele não há tempo nem espaço.
Transpor serras, 
transpor mares,
em novas línguas expressar-me.
Introduzir-me nos lares
de muitas vidas privar.
Levando a todos um abraço
vou apertando os laços
fraternos de grande amizade.
Pois meu amor é tão grande
que abarca a humanidade.


"Travessia"

Na travessia da vida
Tu fazes parte de mim:
És como o ar que respiro
És como o alimento que como.
És o líquido que eu bebo
És o sonho do meu sono.


"Mãos Frias"

Sempre que estou a teu lado
fico deveras contente.
Os lábios ficam calados,
o sangue fica fervente,
os dedos ficam gelados,
o coração saliente.












Marina Rezende, 
Assim Como o Vinho, 2004.


Ilustração Internet.




terça-feira, 8 de maio de 2012

À MINHA FILHA ZINDA


A vida, minha filha,
é luta.
É lhe, pois,  natural o revés.
Vida fácil, de gozo,
refuta,
e terás a vitória a teus pés.

Não te deixes fácil abater
por nenhum desazo da sorte;
Isso é um desafio da morte.
Não recue.
Dispõe-te a vencer!

A sorte é amiga ao acaso,
pois se a alguém ela sempre bafeja,
E, num lapso
a esse mesmo faltar,
a esse alguém ela há de matar,
pois àquele não lhe foi dada
a força para lutar.
Tu és jovem e se te parece,
às vezes, tão rude o viver,
não te curves, minha filha.
Reaja !!!
O inimigo quer-te
Abater.

Tome como exemplo os bravos
E deles terás o que aprender;
dos fracos repila os conselhos
e o triunfo hás de merecer.

Só aos fortes, aos bravos e heróis,
é lhes dada a vitória final.
Quero ver-te, filha minha,
entre eles,
no comando,
na meta triunfal.
Lembra-te,
assim eu te quis:
Lutando!
Vibrando!
Vencendo!
E sendo para sempre feliz!












Marina Rezende,
Assim Como o Vinho, 2004.


Ilustração Internet 

domingo, 29 de abril de 2012

EVOLUÇÃO NATURAL



        A necessidade de agarrar e transportar alimentos «raros e valiosos» terá levado os antepassados da espécie humana a tornarem-se bípedes, libertando as mãos e os braços para outras actividades e permitindo o desenvolvimento do cérebro, revelou um estudo.

        A investigação foi desenvolvida por um grupo de cientistas das universidades de Coimbra, Cambridge e Oxford, e começou por uma observação de chimpanzés na Guiné Conacri que detectou a adopção frequente da posição bípede (caminhar em dois pés) quando pretendiam carregar alimentos escassos e de que gostavam especialmente.

        Uma das cientistas que participou no estudo, Eugénia Cunha, da Universidade de Coimbra, explicou à agência Lusa que «quando se trata de alimentos mais raros e mais difíceis de conseguir, adoptavam mais frequentemente a posição bípede para conseguirem transportar o máximo possível, no mais curto espaço de tempo».


Henrique ANTUNES FERREIRA






Henrique Antunes Ferreira, jornalista/escritor
Lisboa, Estremadura, Portugal
Dos livros escritos, o primeiro de ficção (Abril 2008): «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola 1966/1968.

Por Antunes Ferreira, 27-04-2012
http://sexoforte.net/mulher/artigos.php?id=4390&w=agarrar_comida_fez_o_homem_levantar_se
Imagem e texto Internet

LUCY FOI DESTRONADA - Novos Achados


Antunes Ferreira

       Os nossos ancestrais bíblicos estão cada vez mais descredibilizados. O casal que foi alegadamente expulso do Paraíso terreal ...    entrou em derrapagem total, caiu no plano inclinado, não devido à insinuosa mas perigosa serpente, muito menos da maçã, meio utilizado para o pecado original ter homiziado Adão e Eva.

       Já não bastava ter aparecido um tal Darwin a defender que os homens (e, naturalmente, as mulheres) descendiam dos macacos (e, obviamente das macacas); outros apóstatas se lhe seguiram ...

       De provocação em provocação, cientistas de renome, em especial os arqueólogos antropólogos, vá de desencantar ossos das mais diversas dimensões e feitios, em cata dos seres que eram realmente os avoengos desta gente que nós somos. E, acredite-se ou não, provocaram uma verdadeira revolução, sobretudo a partir do momento em começaram a tentar descobrir a altura mais ou menos precisa em que os símios passaram a hominídeos, ainda sem usar gravata, muito menos Ipads

       Estava-se nisto quando a revista Science de anteontem publicou um artigo naturalmente científico em que era dada ao Mundo a novidade de que o possível ancestral do gênero homo era o Australopithecus sediba, sujeito que se balançava nas árvores como um chimpanzé, mas tinha dedos longos e hábeis para fabricar ferramentas, além de pés híbridos para caminhar erecto.

       Até agora, acreditava-se que o primeiro fabricante de tais apetrechos fosse o Homo habilis. Os estudos de 21 ossos de mão fossilizados encontrados na Tanzânia, que datam de 1,75 milhão de anos atrás, a isso tinham levado. No entanto – as adversativas são lixadas - um exame mais pormenorizado de dois esqueletos parciais fossilizados do citado Australopithecus sediba descobertos na África do Sul em 2008, sugerem que estas criaturas, que habitavam o planeta há 1,9 milhão de anos, elaboravam ferramentas e… quiçá até mesmo antes. 

     Após analisar a mão mais completa encontrada até agora, os especialistas concluíram que o Australopithecus sediba tinha um polegar extra-longo e dedos fortes, que teria usado para fabricar ferramentas, apesar de ainda ter um cérebro pequeno, similar ao do macaco. E não vale a pena sublinhar que se tratava de uma fêmea, porque as defensoras da igualdade plena ainda me levavam al paredón.

      Pelos vistos, o Sr. Charles Robert Darwin não errara muito quando em meados do século XIX convenceu a comunidade científica da ocorrência da evolução e enunciou a teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Pelo naturalista britânico fora dada a primeira grande machadada no casal pecador. Agora, os paleoantropólogos até já falam em fermentação evolutiva. A Lucy foi destronada.

        Está-se, assim, perante o exemplo mais gritante do que é a cena com milhões de anos, que preparou a famosa macacada, protagonizada pelos seres humanos.








Henrique Antunes Ferreira, jornalista/escritor
Lisboa, Estremadura, Portugal
Dos livros escritos, o primeiro de ficção (Abril 2008): «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola 1966/1968.

Por Antunes Ferreira, 11092011
http://sexoforte.net/mulher/artigos.php?id=3648&w=a_macacada
http://m.publico.pt/Detail/1511032
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/australopithecus-sediba-pode-ser-na-verdade-ancestral-direto-do-genero-homo

sábado, 28 de abril de 2012

LUCY: Espécie já andava em pé



Antunes Ferreira
Reconstrução a partir dos ossos encontrados


Um osso de Australopitecos encontrado na Etiópia confirma a teoria de que a espécie já andava em pé. A descoberta permite concluir que Lucy e os seus semelhantes passavam tempo de pé, ainda que andassem nas árvores.
O osso do pé com cerca de 3,2 milhões de anos encontrado em Hadar, na Etiópia, pertence à espécie semelhante aos humanos Australopithecus afarensis e apresenta uma forma em arco, fundamental para as deslocações bípedes.

«Trata-se de uma pista sobre a anatomia do pé e a sua função», explicou o director do Instituto das Origens do Homem, da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, William Kimbel. O especialista adiantou que «é o quarto osso metatarso, que se localiza na parte média do pé e que ajuda a suportar os desenvolvidos arcos que vemos na sola dos pés dos homens modernos. O osso que foi recuperado em Hadar tem todas as marcas da forma e função do pé humano moderno».

Os paleocientistas sabiam que o Australopithecus afarensis passava a maior parte do seu tempo de pé, desde 1974 quando examinaram o primeiro esqueleto da espécie, também descoberto perto de Hadar, conhecido como Lucy.

Reconstrução do esqueleto de "Lucy"
No entanto, a ausência de importantes ossos dos pés em quase todos os espécimes descobertos impedia os investigadores de compreenderem quanto tempo Lucy e os seus semelhantes passavam de pé, relativamente ao tempo que passavam nas árvores.

Esta forma do pé permitiu que perceber que o Australopithecus afarensis se movimentava no terreno muito mais rapidamente, o que aumentava o acesso a outras fontes de alimento.

No entanto, os pés humanos são muito diferentes destes e de outros primatas. Apresentam dois arcos, um longitudinal e outro transversal, que incluem os ossos do meio do pé e são suportados por músculos nas solas dos pés.

Ao comentar esta descoberta, o professor Chris Stringer, um paleoantropólogo do Museu de História Natural de Londres, acentuou que os cientistas estão gradualmente a entender a posição de Lucy na história da origem do Homem.









Henrique Antunes Ferreira, jornalista/escritor
Lisboa, Estremadura, Portugal
Dos livros escritos, o primeiro de ficção (Abril 2008): «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola 1966/1968.




Por Antunes Ferreira , 14022011
http://sexoforte.net/mulher/artigos.php?id=2685&w=lucy_andava_em_pe

http://darwinismo.wordpress.com/2011/03/01/ciencia-confirma-que-lucy-andava-como-o-homem-actual/
Texto e ilustração Internet