Aquela lua redonda
Das noites de lua cheia
Invadindo os janelões,
Espia,
Curiosa e indiscreta
A intimidade secreta
Dos donos dos casarões.
Então, uma coruja pia,
E as penas arrepia
Clamando na solidão.
Quem sabe está chorando
Alguma desilusão?
Ela como nós humanos
Também sofre por amor?
E quando se sentem sozinhas,
Também choram sua dor?
Será mesmo?
Ou será que
Este poeta insone
Nas horas da madrugada,
Transfere,
Àquela coruja triste,
Aquilo que só existe
Em su’alma machucada?
RJ., 07/2004
*Imagem Fonte Internet.
*Imagem Fonte Internet.
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